eu vejo um deserto.
de certo que se amasse
avistava um abismo.
cismo, entretanto, ainda nem te conheço.
o preço é o tempo que nem conto e espero
- sem esmero porque você demora.
chora a moça do meu livro
e eu penso que podia ser eu.
meu deserto tem o ouro dos tigres, eufrates e capibaribes
que eu guardo sob as pálpebras e tu talvez nem saibas.
caiba, talvez, numa caixa de sapatos - mísero
enquanto te idealizo.
realizo em um sonho
medonho demais para ser lido,
seu bandido.
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