uma bem sucedida professora de universidade
feliz por manter-se bela já com alguma idade
responde com cansaço, lembrando o tempo que era dela
ao atender o aluno agitado.
mira-o com um olhar sado-conformado
conformado com a sordidez da vida
com a mumificação dos próprios sonhos
com a preguiça de quem acha que já vira de tudo
como vingança aos seus professores de outrora
diz-lhe que se sente, que fale baixo e que leia tudo;
que a prova é segunda e que o tempo é mudo.